Com o aumento das tarifas de energia elétrica, muitos consumidores em Governador Valadares têm buscado alternativas para reduzir os custos, e a energia solar fotovoltaica tem se mostrado uma solução eficiente.
No entanto, após a instalação do sistema, é comum surgir uma dúvida: Como entender a conta de luz com energia solar?
Neste artigo, vamos explicar detalhadamente como a conta funciona, o que muda com o uso dos painéis solares e como interpretar cada item da fatura, utilizando exemplos para tornar o entendimento ainda mais claro.
O que muda na conta de luz com energia solar?
Ao instalar um sistema de energia solar, o consumidor passa a gerar a própria eletricidade. A energia produzida é consumida instantaneamente, e o excedente é enviado para a rede da concessionária (no caso de Governador Valadares, a Cemig).
Em troca, o consumidor recebe créditos energéticos, que podem ser usados para abater o consumo em períodos de baixa geração, como à noite ou em dias nublados.
Apesar da redução significativa nos custos, o consumidor não fica totalmente isento da conta de luz. Existem custos fixos, como a taxa de disponibilidade da rede elétrica, além da nova regra de taxação da energia excedente, regulamentada pela Lei 14.300/2022.
Como entender a conta de luz com energia solar?
Para entender corretamente a conta de luz após a instalação do sistema solar, é necessário observar alguns itens específicos da fatura. Vamos explicar os principais pontos:
- Energia Consumida da Rede (kWh)
Este item indica a quantidade de energia elétrica que o consumidor utilizou da rede da Cemig. Mesmo com os painéis solares, o imóvel continua conectado à rede elétrica e consome energia em períodos de baixa geração. - Energia Injetada na Rede (kWh)
Representa o excedente de energia produzido pelos painéis solares e enviado para a rede elétrica. Esse valor gera créditos energéticos que são utilizados para abater o consumo nos meses subsequentes. - Saldo de Créditos Energéticos (kWh)
Mostra a quantidade de créditos disponíveis para compensação. Esses créditos têm validade de até 60 meses e são usados automaticamente para reduzir o consumo da rede elétrica. - Taxa de Disponibilidade
Mesmo gerando sua própria energia, o consumidor deve pagar uma taxa mínima pelo uso da infraestrutura da rede elétrica. Para residências conectadas em baixa tensão (127V ou 220V), a taxa corresponde ao custo de 30 kWh mensais. - Cobrança pelo Uso da Rede (Fio B)
Com a nova taxação da energia solar, o consumidor deve pagar uma tarifa proporcional à quantidade de energia excedente injetada na rede. Em 2024, essa cobrança corresponde a 30% do valor do Fio B, que é a tarifa destinada à manutenção da rede elétrica.
Exemplo prático de conta de luz com energia solar
Para tornar o entendimento mais claro, vamos usar um exemplo realista:
Cenário: Uma residência em Governador Valadares instalou um sistema solar capaz de gerar, em média, 500 kWh por mês. Durante o mês de julho, o consumo total da residência foi de 550 kWh. Veja como a conta será calculada:
- Energia Consumida da Rede: 100 kWh (período noturno e dias nublados)
- Energia Gerada e Consumida Instantaneamente: 400 kWh (energia utilizada diretamente dos painéis)
- Energia Injetada na Rede: 100 kWh (excedente enviado durante o dia)
- Saldo de Créditos Energéticos: 100 kWh (valor abatido do consumo da rede)
Após o abatimento dos créditos, o saldo final de consumo da rede será de 0 kWh. No entanto, o consumidor ainda precisa pagar a taxa de disponibilidade e a cobrança pelo uso da rede:
- Taxa de Disponibilidade: Equivalente ao custo de 30 kWh, mesmo que o consumo tenha sido zero.
- Fio B da Energia Excedente: 30% do valor correspondente aos 100 kWh injetados na rede.
O resultado é uma conta de luz consideravelmente mais baixa, mas não totalmente isenta. Esse exemplo mostra como a combinação do consumo instantâneo e dos créditos energéticos reduz o valor final da fatura.
Como o sistema de créditos impacta a conta ao longo do ano?
O sistema de compensação de créditos permite que o consumidor economize ainda mais em meses de menor geração, como os períodos chuvosos ou de inverno.
Por exemplo, se durante os meses de verão o sistema gerar um excedente de 200 kWh por mês, esse saldo pode ser utilizado para compensar o consumo nos meses seguintes.
Suponha que em dezembro, o sistema tenha gerado 600 kWh, enquanto o consumo foi de apenas 400 kWh. O excedente de 200 kWh será registrado como crédito.
Em janeiro, se o sistema gerar apenas 400 kWh e o consumo for de 500 kWh, os 100 kWh adicionais virão do saldo de créditos, mantendo o valor da conta baixo.
A importância de monitorar o consumo e a geração de energia
Para aproveitar ao máximo os benefícios da energia solar, é essencial monitorar o desempenho do sistema e o consumo da residência.
A maioria dos sistemas atuais possui aplicativos que mostram em tempo real a quantidade de energia gerada, consumida e injetada na rede.
Dessa forma, o consumidor pode identificar padrões de consumo e fazer ajustes para otimizar o uso da energia gerada.
Um exemplo prático: se o sistema gera mais energia durante o dia, é recomendável utilizar equipamentos de maior consumo nesse período, como máquinas de lavar, ar-condicionado e fornos elétricos.
Isso reduz a dependência da rede elétrica à noite, economizando ainda mais na conta de luz.
Tenha economia garantida com energia solar agora mesmo
Saber como entender a conta de luz com energia solar pode parecer complicado à primeira vista, mas com o tempo o processo se torna simples.
A combinação do consumo instantâneo, dos créditos energéticos e da nova regra de taxação resulta em uma redução significativa nos custos mensais, proporcionando um retorno rápido do investimento.
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Perguntas Frequentes
Se você instalou ou está pensando em instalar um sistema de energia solar, é natural ter dúvidas sobre como a conta de luz funciona após a geração da própria eletricidade. Para esclarecer as principais questões, preparamos este FAQ com respostas detalhadas e exemplos práticos.
1. A conta de luz zera completamente com a energia solar?
Não. Embora a energia solar reduza significativamente o valor da conta, há custos fixos que permanecem, como a taxa de disponibilidade da rede elétrica e a cobrança pelo uso da rede (Fio B) sobre a energia excedente injetada na rede.
2. O que é a taxa de disponibilidade?
A taxa de disponibilidade é um valor cobrado pela concessionária pelo uso da infraestrutura elétrica. Para residências conectadas em baixa tensão (127V ou 220V), essa taxa corresponde ao custo de 30 kWh mensais, mesmo que o consumo da rede tenha sido zero.
3. Como funcionam os créditos energéticos?
Os créditos energéticos são gerados quando o sistema solar produz mais energia do que o imóvel consome.
Esse excedente é enviado à rede da concessionária e convertido em créditos, que podem ser usados para abater o consumo da rede elétrica em meses subsequentes. Os créditos têm validade de até 60 meses.
4. O que mudou com a Lei 14.300/2022?
A Lei 14.300/2022 estabeleceu a cobrança pelo uso da rede elétrica (Fio B) sobre a energia excedente injetada na rede. Em 2025, essa cobrança corresponde a 40% do valor do Fio B. Esse percentual aumentará progressivamente até 2029.
5. Como o consumo instantâneo afeta a conta de luz?
O consumo instantâneo ocorre quando a energia gerada pelos painéis solares é utilizada diretamente no imóvel, sem passar pela rede elétrica. Esse consumo não gera custos nem créditos, sendo a forma mais econômica de usar a energia solar.
Exemplo: Se o sistema gera 500 kWh/mês e o consumo durante o dia é de 400 kWh, esses 400 kWh são utilizados instantaneamente, sem custo. O excedente de 100 kWh é enviado à rede, gerando créditos.
6. O que acontece se eu consumir mais do que o sistema gera?
Se o consumo do imóvel for maior do que a energia gerada pelo sistema solar, a diferença será fornecida pela rede elétrica e cobrada normalmente na conta de luz. No entanto, se houver créditos disponíveis, eles serão usados para abater esse consumo.
Exemplo: Se o sistema gera 500 kWh/mês e o consumo é de 550 kWh, os 50 kWh adicionais virão da rede elétrica. Caso haja créditos acumulados, eles serão usados para cobrir essa diferença.
7. Como a energia solar impacta o valor final da conta de luz?
O valor final da conta de luz será composto pela taxa de disponibilidade, a cobrança pelo uso da rede (Fio B) e qualquer consumo excedente da rede elétrica.
Como a maior parte da energia consumida vem dos painéis solares, o valor da conta será consideravelmente mais baixo do que antes da instalação do sistema.
8. Como posso acompanhar o desempenho do meu sistema solar?
A maioria dos sistemas de energia solar possui aplicativos que permitem monitorar em tempo real a geração, o consumo instantâneo e a energia injetada na rede.
Esse acompanhamento ajuda a otimizar o uso da energia gerada e a garantir a máxima economia na conta de luz.
9. Os créditos energéticos podem ser usados em outro imóvel?
Sim. Se o titular da conta possui mais de um imóvel atendido pela mesma concessionária (Cemig), os créditos podem ser transferidos para essas unidades, desde que estejam cadastradas sob o mesmo CPF ou CNPJ.
10. Como posso otimizar a economia com energia solar?
Para aproveitar ao máximo os benefícios da energia solar, utilize os aparelhos de maior consumo durante o dia, quando o sistema está gerando energia.
Equipamentos como máquinas de lavar, ar-condicionado e fornos elétricos devem ser usados preferencialmente nesse período, reduzindo a necessidade de consumir energia da rede à noite.