Quem tem energia solar paga taxa de iluminação pública?

Quem tem energia solar paga taxa de iluminação pública

Aqueles que instalam um sistema de energia solar frequentemente fica surpreso ao saber que quem tem energia solar paga taxa de iluminação pública. 

Há uma ideia equivocada de que a energia gerada pelos painéis solares substitui completamente a rede elétrica. No entanto, isso não reflete a realidade do funcionamento do sistema.

De fato, a instalação de energia solar pode reduzir substancialmente os gastos do consumidor, em alguns casos, chegando a uma economia de até 90%. 

No entanto, a conta de luz nunca é totalmente eliminada, pois o consumidor ainda deve pagar uma taxa mínima para a distribuidora de energia. 

Essa taxa, porém, é bastante reduzida, o que faz com que o investimento em energia solar seja altamente compensador e traga um excelente retorno.

Quer saber mais sobre como funciona o sistema de energia solar e como ele afetará sua conta de luz? Então, continue acompanhando este artigo!

Quem tem energia solar paga taxa de iluminação pública?

Sim, mesmo quem possui um sistema de energia solar ainda paga uma conta de luz. Isso ocorre porque, independentemente da quantidade de energia gerada pelo sistema solar, há uma taxa mínima que precisa ser paga.

Essa taxa mínima inclui o custo de disponibilidade da energia elétrica e a taxa de iluminação pública local, variando conforme cada situação. O custo de disponibilidade depende do tipo de alimentação contratada pelo usuário, que pode ser:

  • Modelo monofásico ou bifásico a dois condutores: custo de 30 kWh;
  • Modelo bifásico a três condutores: custo de 50 kWh;
  • Modelo trifásico: custo de 100 kWh.

Para calcular a taxa mínima, é necessário multiplicar o valor do kWh pela cota indicada de acordo com o modelo de alimentação e somar à taxa de iluminação pública da cidade. Por exemplo, considerando um cenário com as seguintes condições:

  • Modelo de alimentação bifásico a três condutores (custo de 50 kWh);
  • Custo do kWh de R$0,516;
  • Taxa de iluminação pública de R$17,00.

Nesse caso, o cálculo seria:

  • Custo de disponibilidade: 50 kWh x R$0,516 = R$25,80;
  • Tarifa de iluminação pública: R$17,00.

Portanto, o valor total da taxa mínima seria R$42,80 (R$25,80 pelo custo de disponibilidade e R$17,00 pela taxa de iluminação pública).

Assim, mesmo com um sistema de energia solar instalado, o consumidor continua a pagar uma conta de luz, que inclui essa taxa mínima, independentemente do volume de energia gerada e consumida.

Como funciona um sistema de energia solar?

Um sistema de energia solar não substitui completamente a rede elétrica, ao contrário do que muitos pensam. 

A energia gerada pelos painéis solares é convertida em créditos que podem ser usados posteriormente, em vez de ser utilizada diretamente.

Os principais componentes de um sistema de energia solar são:

Os painéis capturam a luz solar e a transformam em energia elétrica. Esta energia é gerada em corrente contínua (CC), mas para ser utilizada nas residências, precisa ser convertida em corrente alternada (CA) pelo inversor solar. 

A energia convertida é então enviada para a rede elétrica e distribuída conforme a necessidade.

Os créditos gerados pela energia solar são abatidos na conta de luz, mas ainda há uma taxa mínima a ser paga à distribuidora, mesmo que a produção de energia exceda o consumo.

Conta de luz após a instalação da energia solar

Após a instalação de um sistema de energia solar, a conta de luz passa por algumas modificações em comparação à conta de quem utiliza apenas a rede elétrica convencional. Essas mudanças são poucas, mas significativas:

Uma das primeiras alterações é a inclusão de uma nova subclasse de consumo na conta. Quem utiliza energia solar será categorizado como “Residencial Geração Distribuída” (para unidades residenciais). 

Isso indica que a residência está gerando energia elétrica a partir de painéis solares e injetando essa energia na rede elétrica.

Como ficam as especificações dos dados de consumo

A conta também mostra o valor da taxa mínima, conhecida como custo de disponibilidade. Este é um valor fixo que deve ser pago por estar conectado à rede elétrica e ter acesso à eletricidade quando o sistema solar não está gerando energia suficiente, como durante a noite ou em dias nublados.

Além dos custos, a conta detalha a produção de energia do sistema solar. Ela mostra quantos kWh foram gerados e injetados na rede elétrica, assim como a quantidade de energia consumida pela residência. 

Se a produção exceder o consumo, o usuário não paga pelos kWh consumidos, apenas a taxa mínima, e a energia excedente é convertida em créditos.

Nos dados de consumo, a conta especifica a quantidade de energia injetada na rede elétrica, ou seja, os kWh gerados que foram descontados do consumo mensal. 

A conta mostrará os kWh produzidos e os kWh consumidos. Se houver excedente, ele irá para o saldo acumulado.

A conta de luz também inclui o total de kWh acumulados que não foram utilizados. Esses créditos podem ser usados por até 60 meses (cinco anos). 

Assim, se em um mês a geração de energia for menor que o consumo, é possível utilizar os créditos acumulados de meses anteriores para cobrir a diferença.

Taxa do Fio B: Um assunto importante

Para quem solicitou o parecer de acesso de microgeração depois do dia 6 de janeiro de 2023, será incluída na conta a TUSD fio B (taxa do uso do sistema de distribuição). 

A TUSD fio B é a contribuição com as despesas das concessionárias referentes ao sistema de distribuição para chegar aos consumidores de energia em baixa tensão.

O valor do Fio B muda de acordo com as concessionárias locais de energia elétrica, de acordo com o número de consumidores atendidos na área da concessão em que a concessionária atua.  

No caso da Cemig, o valor é R$ 0,28. É preciso lembrar que o pagamento do Fio B se aplica somente à energia que é injetada e consumida pelo usuário posteriormente. 

A energia que é produzida e consumida instantaneamente não será taxada, pois não foi injetada na rede da concessionária.

O escalonamento previsto pela lei 14.300 para cobrança do fio B ficou assim:

  • 2023: 15%
  • 2024: 30%
  • 2025: 45%
  • 2026: 60%
  • 2027: 75%
  • 2028: 90%

Se a soma do consumo da rede com parcela do Fio b na compensação for menor que a disponibilidade (em R$), paga-se o custo de disponibilidade somente. 

Se a soma acima for maior, paga-se o Fio b e o consumo da rede, e a disponibilidade não será paga.

Vale a pena instalar um sistema de energia solar?

A resposta é definitivamente sim. Apesar da taxa mínima mensal, a economia com a conta de luz pode chegar até 90%.

Além disso, os créditos acumulados durante os meses de alta produção podem ser usados para compensar os períodos de menor geração de energia, resultando em economia adicional.

É crucial, no entanto, contratar uma empresa especializada para a instalação do sistema de energia solar. 

Um estudo adequado da incidência solar e uma projeção precisa da produção são essenciais para determinar a quantidade ideal de painéis necessários para maximizar a eficiência e os benefícios do sistema.

Se você está em Governador Valadares (MG) ou região, a Techprime é a empresa certa para te ajudar. Isso porque contamos com uma equipe especializada focada em obter a quantidade ideal de produção de energia pelo melhor custo-benefício para você.

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